O DILEMA DOS DESENVOLVIMENTOS À MEDIDA
Uma parte substancial das adaptações relativas ao ERP/CRM não são atualmente utilizadas, depois de o sistema ter sido implementado. Em vez de desenvolvimentos adicionais para funcionalidades não disponíveis, as customizações são demasiadas vezes utilizadas como uma espécie de ‘lubrificante’ para suavizar a transição da velha para a nova ‘versão’. Este fenómeno é muito dispendioso para a sua organização e exerce pressão sobre o retorno do investimento do seu projeto desde o início. Estará na altura de reconsiderar os seus princípios?
Por natureza, os seres humanos não gostam de mudanças. Isto explica em parte, por exemplo, o esforço necessário para levar a cabo fusões e reorganizações. Um novo sistema de software, também evoca resistência. É claro que está familiarizado com pessoas que dizem coisas como: “Sim, mas no nosso sistema atual”, “aquilo a que estamos habituados neste momento é” e “foi sempre assim que o fizemos”.
Por vezes os utilizadores finais são transparentes: indicam que não aceitam o novo sistema. Mais muitas, contudo, a resistência é mais subtil. Mas com consequências dispendiosas e duradouras. Cabe então à direção tomar uma posição ativa, que infelizmente nem sempre é adotada adequadamente. No final, os desenvolvimentos são frequentemente (mal) aplicados, para tentar garantir aos utilizadores, que o novo sistema se parece tanto quanto possível com o antigo. Como se os utilizadores não tivessem de se habituar a esse sistema! A título de comparação: um carro novo caro é comprado, mas o motor do veículo antigo é inserido. O que não permitirá que a nova compra exceda 70 quilómetros por hora. Após os utilizadores finais se terem habituado a trabalhar com o novo sistema, os desenvolvimentos rapidamente se tornam obsoletos. No entanto, muitas vezes, o dinheiro de manutenção é ainda transferido sistematicamente durante anos. E se o tema da migração para uma nova versão surgir, todas estas personalizações provam ser a causa de muitos problemas. Não é muito conveniente! E um obstáculo direto ao sucesso do projeto.
O desafio é envolver a equipa completa numa fase inicial. Para os informar sobre “o porquê” da nova solução. Para inspirá-los para a mudança. E seduzi-los a pensar em modernizar e melhorar os processos empresariais para si próprios.
Em resumo, relativamente ao desenvolvimento à medida no que diz respeito ao ERP/CRM os sistemas podem ser divididos em dois grupos. Funções anteriormente ausentes que são de vital importância para uma organização e, portanto, valerão certamente o investimento. E funções que se destinam apenas a facilitar a transferência.
Se se mantiver atento a esta última categoria, esta será a primeira vitória do seu novo sistema!